Seminário Águas do DF discute gestão de recursos hídricos

O Jardim Botânico de Brasília esteve nesta segunda-feira (30/09) na abertura do Seminário Águas do DF que ocorreu no Auditório do Centro de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB). O objetivo do evento é dar oportunidade para os órgãos do GDF apresentarem suas demandas de investimento em pesquisas com o tema água no DF. A promoção foi da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF) em parceria com as secretarias de Meio Ambiente do DF e de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), Brasília Ambiental, Emater, Caesb, Emater-DF, Adasa, JBB e Zoológico de Brasília.

O secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, destacou o papel da ciência e tecnologia para a gestão de recursos hídricos no DF. “Diante da imensa relevância e urgência de prover a universalização do acesso à água e ao saneamento, é necessário o desenvolvimento de pesquisas voltadas para as questões relacionadas à segurança hídrica, não apenas no seu aspecto legal, mas também social e ecológico”, afirmou.

 

Segundo ele, é fundamental promover a recuperação da vegetação degradada, tanto nas formações florestais quanto no Cerrado, em áreas de recarga de água, observando as relações entre o uso sustentável do solo, conservação da vegetação nativa e produção hídrica. “Temos, assim, como prioridade no DF, a plantação de matas ciliares, a proteção das nascentes e a consequente revitalização das bacias hidrográficas”.

Papel Estratégico

De acordo com Sarney Filho, o papel do Estado é estratégico também na elaboração de diretrizes para que as políticas públicas incentivem econômica e ambientalmente o aproveitamento das águas pluviais e o reuso das águas cinza. “A promoção de uma cultura de aproveitamento, reuso e combate à perda é objetivo central para estabelecer o uso racional da água potável em centros urbanos”.

Experiências internacionais, afirmou, demonstram que a implantação de sistemas de aproveitamento de água pluvial e de reuso de águas cinza em atividades que não exigem potabilidade promove reduções significativas no consumo de água potável em edificações. “Eles atuam como ferramentas de gestão no controle da demanda hídrica urbana e, por conseguinte, reduzem a captação nos mananciais de abastecimento”.

O secretário pediu atenção ao fato de o mundo estar inserido em uma crise ambiental global. “Mas é agindo localmente que construímos soluções de resiliência para o bem comum”, finalizou.

Com informações da Secretaria de Meio Ambiente