Artista plástico Siron Franco projeta imagens do Cerrado no Museu da República

Nesta quarta-feira, (11/09), Dia Nacional do Cerrado, as queimadas que ameaçam o bioma poderão ser vistas de forma ampla na cúpula do Museu Nacional da República, com um trabalho de vídeo mapping ou projeção, do artista plástico Siron Franco. Os quatro elementos – fogo, terra, água e ar – serão representados na obra Ciclo do Cerrado, a partir das 18h30. A apresentação acontece também no sábado, (14/09), no mesmo horário.

De acordo com Siron, a instalação foi pensada para mostrar às pessoas a beleza que estamos perdendo, conscientizando a população acerca de temas como a beleza e a morte da natureza, trazendo imagens da lua, do fogo, da água e das árvores. Além de chamar a atenção para a questão das queimadas. “O uso das imagens são um alerta para voltarmos nossos olhos não apenas ao Cerrado, mas a todos os biomas”, diz o artista goiano.

A obra foi criada especialmente para compor a Semana do Cerrado, evento coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), com o objetivo de promover a conscientização ambiental da população sobre a importância daquele que é considerado o berço das águas no Brasil.

“Dali uma única nascente formará duas das maiores bacias hidrográficas do país, a Tocantins e Paraná. É o fenômeno das Águas Emendadas”, explica o secretário Sarney Filho.

Para o diretor do Museu Nacional da República, Charles Cosac, é uma honra receber uma obra de vídeo mapping do artista. “Estamos com a expectativa de que a projeção na cúpula mobilize a população e ajude na reflexão sobre o que cada um pode fazer para mudar esta triste realidade das queimadas”, disse.

Realizada no âmbito do projeto CITINova (Planejamento Integrado e Tecnologia para Cidades Sustentáveis), a Semana do Cerrado promove, em 2019, o tema “Cidades Sustentáveis”. O evento teve início no domingo (08/09) e prossegue até o dia 14, em vários pontos da cidade.

GRANDES EVENTOS

Não é a primeira vez que Siron Franco faz uma instalação de vídeo mapping no Museu Nacional da República. A primeira ocorreu no Green Move Festival, em setembro de 2017. Logo depois, em março de 2018, o artista trouxe uma projeção especial com o tema água para o Fórum Mundial da Água.

Siron Franco acumula experiências também em grandes eventos internacionais. Em 2012, o tema água foi enfatizado na exposição “Brasil Cerrado”, exibida no Museu de Arte Moderna do Rio, durante os debates da Rio+20. A obra foi um alerta às devastações sofridas pela região Centro-Oeste ao longo dos anos. “Era uma instalação sensorial, pela qual o público caminhava por uma cachoeira dupla por uma passarela de água”, lembra.

Pintor, desenhista e escultor, Siron Franco nasceu em Goiás Velho (GO), em 1947. Passou sua infância e adolescência em Goiânia. Começou a ganhar a vida fazendo e vendendo retratos. Em 1965, decidiu concentrar-se no desenho. Ganhou o prêmio Viagem ao Exterior no Salão de Arte Moderna em 1975. Hoje, possui mais de 3 mil obras criadas e apresentadas salões e bienais de todo o mundo.

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Secretaria de Meio Ambiente (SEMA)

Assessoria de Comunicação Social